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Sergipe exporta carneiros Santa Inês

Que Sergipe é referência no Brasil de ovinos Santa Inês todo mundo sabe, mas poucos têm conhecimento que o Estado também exporta material genético desta raça genuinamente brasileira. O maior lote já exportado era composto por 100 animais enviados para uma instituição de pesquisa da Tailândia interessada em introduzir o carneiro Santa Inês naquele país. Segundo Arnaldo Dantas, diretor técnico da Associação Sergipana dos Criadores de Caprinos e Ovinos (Ascco), os carneiros adquiridos pela entidade tailandesa, ao preço total de R$ 150 mil, estão em fase de adaptação e testes: “Os pesquisadores estão muito satisfeitos com os primeiros resultados”, afirma Dantas.

Além da Tailândia, o carneiro Santa Inês produzido em Sergipe também é exportado para países como Paraguai, Bolívia e Peru. Arnaldo Dantas informa que estas exportações ainda são pontuais: “O comércio forte mesmo é no Brasil”, diz ele. Carneiros sergipanos são comercializados em leilões da raça por até R$ 30 mil. A última Exposição Especializada em Ovinos e Caprinos de Sergipe, realizada este ano em Aracaju, movimentou mais de R$ 1 milhão e o leilão teve lances de até R$ 30 mil. Um grande problema enfrentado pelos criadores era a falta de transporte para levar os animais às feiras e leilões: “Isto foi resolvido com a doação de um caminhão pelo Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais de Sergipe (APL/SE).

De acordo com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, o objetivo do Governo de Sergipe é fortalecer entidades como a Ascco para que os pequenos produtores tenham mecanismos de melhorarem a sua capacidade técnica. As ações governamentais são elogiadas por João Teles, diretor técnico da Federação das Associações dos Criadores de Caprinos e Ouvinos de Sergipe (Faccos): “Como toda e qualquer atividade econômica, a caprinovinocultura precisa do incentivo governamental para o seu desenvolvimento”, afirma.

Dos pouco mais de 100 mil animais que compõem o rebanho de ovinos do Estado, 90% são da raça Santa Inês. É uma população pequena, mas considerada de boa qualidade, constituindo-se em um núcleo importante de material genético para os produtores de ovinos no Brasil. Esse fato levou a Embrapa Recursos Genéticos Animais/Tabuleiro Costeiro Aracaju/SE a incluir a raça Santa Inês no Núcleo de conservação de germoplasma de ovinos naturalizados do Brasil.

Origem do Santa Inês

O Santa Inês já vinha sendo selecionado há várias décadas com o nome “Carneiro Pêlo de Boi”. Vários rebanhos sergipanos apresentavam-se homogêneos, deslanados, geralmente vermelhos e malhados de preto. No início, poucos criadores se ocupavam com os serviços de registro genealógico por enxergarem a ovinocultura como uma atividade não remunerada, ainda com menor importância que a de subsistência. A partir de 1979, com a criação da Ascco, muitos criadores foram registrando seus animais e procurando novas técnicas de manejo e sendo informados sobre a escrituração zootécnica e outras ferramentas de animais. Hoje, a ovinocultura de Sergipe é um consagrado pólo de excelência em genética Santa Inês.

Por Adiberto de Souza

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