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Polícia prende diretores do Cirurgia

Diretor Milton Santana continua preso aguardando audiência de custódia

A Polícia prendeu nesta terça-feira, os diretores do Hospital Cirurgia, Milton Santana (financeiro) e o filho dele André Ricardo (compras), ambos flagrados com armas sem o devido porte. André pagou fiança de R$ 20 salários mínimos e já está solto, porém o pai continua preso, pois o porte ilegal de munição restrita à Polícia é crime inafiançável. A “Operação Metástase” que os prendeu, foi desencadeada pelo Ministério Público Estadual e a Secretaria da Segurança Pública para investigar possíveis desvios de recursos na unidade hospitalar.

Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na capital e em Nossa Senhora de Lourdes, onde o ex-diretor da unidade hospitalar, médico Gilberto Santos (PT), é forte liderança política. As prisões dos diretores ocorreram  logo cedo nas residências deles porque, ao realizar as buscas, a Polícia encontrou armas e munição. Pai e filho foram levados para uma delegacia da capital, onde Milton Santana permanece preso, aguardando a audiência de custódia em Juízo.

Práticas ilícitas

A operação policial foi autorizada pela 2ª Vara Criminal de Aracaju e visa investigar suspeitas de práticas ilícitas na administração do maior hospital filantrópico de Sergipe. O Ministério Público e a Polícia prometem fornecer novas informações durante entrevista coletiva, ainda a ser marcada. Sabe-se, porém, que os mandados de busca e apreensão foram endereçados a pessoas físicas e empresas de Sergipe.  Até agora, a direção do hospital permanece em silêncio, embora tenha prometido se pronunciar através de nota oficial.

Tendo como maior cliente o Sistema Único de Saúde (SUS), a Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia enfrenta, há muito tempo, uma grave crise financeira e operacional. Com salários dos empregados atrasados, a unidade suspende com frequência as cirurgias eletivas por falta de insumos e paralisações dos profissionais de saúde. Apesar disso, os diretores recebem gordos salários. Em fevereiro passado, a super folha da diretoria foi tornada pública, obrigando-a a reduzir os próprios vencimentos em até 40%, resultando numa economia para o hospital de R$ 150 mil mensais.

(Crédito/Heribaldo Martins)

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