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Pandemia afetou mais os negócios comandados pelos negros

Os negros são proporcionalmente mais jovens e têm empresas de menor porte

Um estudo do Sebrae realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, relativa ao segundo trimestre de 2022, mostra que a pandemia atingiu todos os perfis de empreendedores, mas essa queda foi mais forte entre negros. O número de empreendedores negros em atividade caiu 13%, enquanto o de mulheres negras diminuiu 16%, quando comparados ao existente no segundo trimestre de 2020. Entre os brancos, por sua vez, a queda foi de 4%.

Com relação ao rendimento médio, aconteceu movimento semelhante. Enquanto em junho do ano passado os empresários brancos do sexo masculino tinham uma renda de R$ 3.231, os homens negros tinham rendimento de R$ 2.188 (32,3% inferior). Já as mulheres brancas recebiam R$2.706, enquanto as negras obtinham renda 31,6 % menor (R$ 1.852)

O estudo mostra ainda que no segundo trimestre de 2022 todos os segmentos já superavam o período pré pandemia, embora a recuperação tenha sido mais forte entre os brancos. De acordo com a análise, Sergipe tem 73% dos negócios comandados por negros, percentual bem acima da média nacional, que é de 52%. O estado é o décimo no ranking nacional e o quarto do Nordeste, ficando atrás do Maranhão, Bahia e Piauí.

Menos escolarizados

O IBGE contabiliza na pesquisa os empreendedores que possuem empregados ou que atuam sozinhos no negócio, sejam eles formais ou não. Os homens negros donos de negócio são os que apresentam o menor nível de escolaridade (só 11% possuem superior). Na situação oposta, as mulheres brancas à frente de um negócio são as que têm maior nível de escolaridade (40% possuem superior).

Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, os negros são proporcionalmente mais jovens (32% têm até 34 anos, contra 29% no caso dos empresários brancos) e têm empresas de menor porte. Enquanto a maioria (82%) dos empresários negros têm de 1 a 5 empregados, entre os brancos, 32% têm 6 ou mais empregados. Essa desvantagem é notada também quanto à contribuição dos empreendedores à Previdência. Na média geral, os donos de negócio brancos (as) são os que mais contribuem com a Previdência (48%), contra a minoria dos negros (as), em que apenas 27% pagam as contribuições.

O estudo ainda revela que as negras são o perfil de dono de negócio que está há menos tempo em atividade: 72% delas abriram o negócio há dois anos ou mais. Em contraposição, os empreendedores brancos são os que estão há mais tempo no mercado: 84% atuam como empresários há dois anos ou mais.

Fonte e foto: Comunicação/Sebrae

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