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MST inicia Abril Vermelho nesta segunda-feira

O Massacre de Carajás, ocorrido em 1996, deixou 21 trabalhadores mortos

Desta segunda-feira (8) até o próximo dia 17, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) mobiliza a “Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária: por Terra, Teto e Pão”. O Abril Vermelho ocorre todos os anos em memória aos 28 anos dos mártires de Eldorado do Carajás O objetivo da ação é avançar nas lutas massivas, a partir das ocupações de terras, produção de alimentos saudáveis, plantio de árvores e resistência ativa nos territórios, além da ampliação das ações de solidariedade, envolvendo o conjunto da base social do Movimento.

De acordo com o MST, a Jornada do Abril Vermelho deste ano tem como desafio a retomada massiva das ocupações de terras, após o período mais severo da pandemia da Covid-19, em que o Movimento teve como prioridade zelar pela vida das famílias Sem Terra, que se mantiveram resilientes em quarentena produtiva, dedicadas às ações solidárias contra a fome e mantendo os cuidados sanitários contra o avanço do Coronavírus nos territórios da Reforma Agrária Popular, conquistadas pelo MST.

“Nós, militantes da classe trabalhadora, temos uma certeza, que é a Reforma Agrária que vai acabar com a fome de mais de 20 milhões de pessoas. E é a distribuição da terra que vai permitir que nosso povo produza alimentos, e alimentos saudáveis”, afirma Antônio Pereira, dirigente nacional do MST. Entre as diversas atividades programadas em todas as grandes regiões do país, se destacam tanto as ocupações de latifúndios, como as marchas, atos, debates, formações.

O Massacre

O Massacre de Carajás aconteceu no dia 17 de abril de 1996 no sul do Estado do Pará. Naquele dia a Polícia Militar, enviada para desobstruir a rodovia BR -150, promoveu um massacre contra camponeses do MST. Foram 21 pessoas mortas. Entre os 21 trabalhadores assassinados, alguns apresentavam marcas de pólvora em volta dos furos das balas, indicando tiros à queima roupa. Outros foram mutilados com facões e foices. Ao todo, 69 pessoas ficaram feridas. Muitos convivem com balas alojadas no corpo até hoje, além do trauma e de pesadelos todas as noites.

Fonte e foto: MST

 

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