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Óleo nas praias completa um ano sem punições

Mancha de óleo na praia da Coroa do Meio, área urbana de Aracaju

O aparecimento de manchas de óleo nas praias do Nordeste (NE), um dos maiores desastres ambientais já registrados no país, completa um ano neste domingo (30). Em 30 de agosto de 2019, há exatos 366 dias, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou os primeiros vestígios de petróleo cru em Conde e Pitimbu, na Paraíba. Até fevereiro deste ano, foram recolhidas 5.379,76 toneladas de resíduos na costa, diz o órgão.

Uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para identificar a origem do óleo na costa brasileira. Um navio grego, o Bouboulina, foi apontado como o responsável pelo derramamento do resíduo. A Marinha do Brasil diz que o óleo veio da Venezuela, mas até hoje não conseguiu apontar os culpados pelo desastre que causou impacto nos estados nordestinos e em parte do Sudeste.

Um ano após a chegada de óleo no Nordeste, a situação dos mares está pior do que era antes e o trabalho de pesquisa realizado pelo Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) de identificação das novas manchas que apareceram em Salvador há cerca de dois meses foi congelado por conta da pandemia.

Primeiros vestígios

Após atingir a Paraíba em agosto, o petróleo cru se espalhou por 46 municípios distribuídos em oito estados da região Nordeste do país – Sergipe, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí. No dia 26 de setembro, 99 localidades já tinham sido afetadas pela substância.

Após quase dois meses, a Marinha afirmou que não havia mais manchas de óleo nas praias do Nordeste, mas, apenas “pelotas” residuais. O petróleo que vazou na costa brasileira atingia, em 26 de outubro, os mangues. O governo decidiu transferir para a sede do Ministério da Defesa, em Brasília, a estrutura de monitoramento da situação que estava concentrada no Nordeste.

Depois de anunciar que estava próximo de revelar a causa do maior acidente com petróleo do país e de chegar apontar um navio grego como o responsável pelo crime ambiental, o governo admite que, na realidade, ainda não sabia qual foi a causa da tragédia. Em audiência pública realizada pela CPI do Óleo, na Câmara dos Deputados, no dia 10 de dezembro, o vice-almirante da Marinha Marcelo Francisco Campos, responsável pela coordenação das investigações e operações em campo, resumiu a situação atual: “Não sabemos até o momento qual foi a origem desse derramamento, bem como a data”, disse.

Fonte: Correio da Bahia

 

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