Boa parte de Aracaju fica sem água tratada nesta quarta
5 de outubro de 2016
Ipesaúde garante cirurgia inédita
5 de outubro de 2016
Exibir tudo

A cada três mulheres presas no Brasil, duas são negras

As mulheres negras estão mais sujeitas a serem presas no Brasil. Dados oficiais demonstram que quase dois terços da população penitenciária feminina são negras. Os dados constam no Levantamento Nacional de Informações Penitenciária (Infopen Mulheres), referentes a junho de 2014.

O estudo, feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), aponta que 68% da população das penitenciárias femininas são mulheres negras, enquanto apenas 31% são de cor branca e 1% é indígena.

O relatório aponta ainda que 49% da população penitenciária feminina do País têm menos de 29 anos e 50% possui apenas o ensino fundamental incompleto.

Para o governo, mudar esta realidade revelada no estudo é um desafio. Em entrevista ao iG, a ministra de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, aponta que o recorte de gênero e raça sobre a população penitenciária brasileira indica a face mais perversa da sociedade.

“Os dados que temos hoje sobre encarceramento das mulheres e das mulheres negras caminha com esta articulação que hoje nós conseguimos fazer tanto no campo das pesquisas, quanto de políticas públicas”, disse a ministra.

“Gênero e raça, quando operam conjuntamente, revelam a perversidade de estruturas desiguais em nossa sociedade”, considerou a ministra que coordena as pastas sociais que foram fundidas pela presidente Dilma Rousseff na última reforma  ministerial.

Para Nilma Gomes, minimizar os efeitos deste quadro deve ser priorizado pelo governo na definição de políticas públicas. “Esta articulação entre gênero e raça precisa ser pensada dentro das políticas públicas”, disse.

A vulnerabilidade da população negra no País ficou explícita ainda no Mapa da Violência 2015, que demonstrou que os homicídios representam quase metade das causas de morte entre jovens de 16 e 17 anos. Homens negros morrem três vezes mais que homens brancos, e as vítimas com baixa escolaridade também são maioria.

Fonte: iG (Cédito/Agência Brasil)

 

Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *