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Glorioso Antônio

Por Antonio Samarone *

Itabaiana sustenta-se tradicionalmente em três pilares culturais: Santo Antônio, os caminhoneiros e a Associação Olímpica.

Fomos batizados como “Villa de Santo Antônio e Almas de Itabaiana”. Santo Antônio é o próprio, as almas são dos Tupinambás, encontradas nas montanhas próximas (Miaba), e Itabaiana é a serra grande.

Santo Antônio predomina há quatro séculos. Foi por sua vontade, que transferimos a sede do município do Vale do Jacarecica para a caatinga de Ayres da Rocha.

As Trezenas de Santo Antônio são expressões comunitárias dessa fé. A procissão é o apogeu, uma demonstração de gratidão ao Santo.

Inicialmente, a própria música surgiu em Itabaiana, para engrandecer a adoração a Santo Antônio. Brotou na sacristia, em 1745.

Já nascemos devotos: “O que seria de mim, meu Deus, se não fosse o Antônio…”

O segundo pilar são os caminhoneiros.

Os caminhoneiros foram a locomotiva que carregou economicamente a cidade, na transição da Era agrícola para a Era comercial (década de 1950).

O título de capital brasileira dos caminhões não é apenas simbólica. É real! Os caminhoneiros pesam no modo de vida, nos valores, na economia e nos costumes.

O terceiro pilar é a Associação Olímpica.

O Tricolor da Serra é bem mais que um clube de futebol, é uma comunidade representada no esporte. Em seu hino, escrito pelo intelectual Alberto Carvalho, diz com clareza: “Somos Itabaiana, cidade celeiro.”

Uma verdade: não torcemos por um time de futebol, torcemos pela cidade. O Tricolor da Serra é parte da nossa alma cultural. Vestir a camisa do time é vestir a camisa da cidade.

Entenderam?

* É médico sanitarista.

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