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FUP denuncia pressão da Unigel por subsídios ao gás

Em nota, A Unigel repudia quaisquer ataques à sua história

O governo Lula (PT) tem sofrido pressão da empresa Unigel, da área de insumos agrícolas, pela concessão de subsídios no gás. Esta informação é do diretor de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano, com base em denúncias recebidas pela entidade.

Segundo Gerson, a ação estaria sendo articulada por integrantes da companhia em Brasília, com a abordagem feita a políticos e membros do Ministério de Minas e Energia. O presidente da FUP revelou que o esforço para o custeio por parte do governo federal estaria relacionado apenas com a tentativa de aumento da margem de lucro do negócio.

“O Brasil, grande produtor agrícola, precisa alcançar autossuficiência na produção de fertilizantes nitrogenados, mas não às custas de subsídios que visam apenas aumentar lucro de empresa do setor. A Unigel está fazendo um movimento de pressão muito forte sobre o governo, o Ministério de Minas e Energia e políticos para ter subsídios sobre o gás”, frisou Gerson Castellano.

Ameaça de paralisação

O presidente da FUP disse, ainda, que  “falam abertamente que se não tiverem subsídios vão parar as unidades de fertilizantes da Bahia e de Sergipe, arrendadas à empresa pela Petrobrás, no governo Bolsonaro. Isto é chantagem para obter mais benefícios governamentais. A Unigel tem estoques para ficar cerca de dois meses produzindo ureia e amônia sem precisar operar as unidades inteiramente”.

A FUP defende a necessidade de revisão do arrendamento das plantas da Unigel, que está em contrato sigiloso. Castellano ainda destacou a previsão de lucro da empresa para o ano de 2023.

“O contrato de arrendamento é sigiloso, ninguém teve acesso a ele, e só permitiu benefícios, pois foi firmado por um valor que garantiu grandes lucros ao grupo já nos primeiros seis meses de operação. A previsão do balanço deste ano é de lucro superior a R$ 1 bilhão. Eles têm pressa, querem incentivos de gás antes de sair o balanço”, explicou Castellano.

Ainda com base em denúncias recebidas pela Federação, a Unigel também fez uma campanha contra a reabertura da Fafen do Paraná, que fez parte da promessa de campanha do presidente Lula. O objetivo seria desqualificar o potencial de produção da empresa concorrente.

“Por trás disso está o receio de concorrência e de que a retomada da Fafen-PR absorva mão de obra das unidades da Bahia e Sergipe. A Unigel se beneficiou do fechamento da Fafen Paraná [em 2020] porque não teria mão de obra para tocar as unidades arrendadas. A Fafen-PR era a mais eficiente das três unidades da Petrobras e, se voltar a operar, vai demandar mão de obra”, disse Castellano.

Sobre as empresas

A Petrobras arrendou as fábricas de fertilizantes na Bahia (Fafen-BA) e em Sergipe (Fafen-SE), para a empresa Proquigel Química, integrante do Grupo Unigel, em novembro de 2019, durante o governo Bolsonaro, por valor total de R$ 177 milhões para um período de 10 anos, prorrogáveis pelo mesmo período.

A Fafen-BA é uma unidade de fertilizantes nitrogenados, localizada no Polo Petroquímico de Camaçari no Estado da Bahia, com capacidade de produção total de ureia de 1.300 t/dia. Também comercializa amônia, gás carbônico e agente redutor líquido automotivo (Arla 32).

A Fafen-SE, localizada em Laranjeiras no Estado de Sergipe, tem capacidade de produção total de ureia de 1.800 t/dia. Comercializa também amônia, gás carbônico e sulfato de amônio.

Fonte: Jornal A Tarde

 

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