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Inflação deve subir após o fim da desoneração de combustíveis

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O fim da isenção de impostos federais sobre combustíveis deve acrescentar à inflação de janeiro até 1 ponto percentual (p.p), segundo cálculos de economistas. No índice anual, estimativas apontam para um incremento de até 0,84 p.p..

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu para a equipe econômica do atual governo não prorrogar a desoneração de PIS/Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, como gasolina, etanol e diesel.

As isenções, anunciadas ao longo de 2022 pelo governo Bolsonaro para driblar a alta da inflação, valem até sábado (31).

O cálculo que aponta para alta de 1 p.p. é da estrategista de inflação da Warren Renascença, Andréa Angelo. A estimativa da casa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sem contar a volta dos tributos é de 0,33 ponto.

Para o ano, a estimativa do IPCA com a volta dos tributos federais sai de 4,7% para 5,75%, uma alta de 0,75 ponto.

Medida Provisória

“Só devemos esperar se não vem alguma Medida Provisória do novo governo, por exemplo, após o dia 1°, e também ver o que Lula e Fernando Haddad vão dizer sobre isso oficialmente. Além de avaliar se pode ter algum corte da Petrobras nesse meio tempo”, diz a estrategista.

Nos cálculos da economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, a volta da cobrança de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e gás de cozinha em janeiro levaria a um impacto de cerca de 0,70 p.p.. No índice de janeiro.

“Nossas projeções revisadas já incorporavam a expectativa da volta da cobrança do tributo no 1º trimestre e esperamos IPCA de 5,2% para 2023”, diz.

A economista ressalta que, apesar dos cálculos mais recentes do mercado para inflação já apontarem para expectativas maiores no Boletim Focus, “ainda podemos esperar revisões marginais de alta nas próximas divulgações com a confirmação do fim da isenção do tributo”.

No último levantamento publicado pelo Banco Central, as previsões do mercado financeiro sobre inflação foram elevadas para 2023, 2024 e 2025, a 5,23%, 3,60%, 3,20%, respectivamente.

Nos cálculos da Ativa Investimentos, a volta dos tributos federais acrescentaria 0,60 ponto ao IPCA de janeiro. Para o índice anual, o incremento poderia chegar a 0,84 ponto.

“(Caso a reoneração seja confirmada), elevaremos nossa perspectiva de IPCA para 2023 de 5,2% para 6%, mas reduzimos a perspectiva de 2024 e 2025, ambas de 3,50% para 3,40%”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Fonte: Rede CNN Brasil

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