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Organizações LGBT+ chamam atenção para a necessidade de maior representatividade dessa população nos espaços de poder, especialmente diante do cenário das eleições deste ano, quando serão renovados os parlamentos e os executivos estaduais e federal. A avaliação é que, apesar de as candidaturas terem ganhado força no último pleito, em 2020 elas ainda enfrentam obstáculos, deixando de fora dos espaços de decisão um segmento representativo da sociedade brasileira.

Para o integrante do grupo #VoteLGBT, Guilherme Mohallem, é preciso aumentar a representatividade de pessoas LGBT+ em todos os espaços, principalmente na política. “Uma população que está, assim como pessoas negras e mulheres, alienada da participação política porque as regras são feitas para que a gente não consiga participar. Existe o problema de financiamento pelos partidos. E existe o problema de violência política, quando a pessoa é eleita”, disse Mohallem à Agência Brasil.

Um levantamento realizado pela organização mostra que, nas eleições de 2020, foram identificadas 556 candidaturas LGBT+ na campanha, das quais 97 foram eleitas, 17% do total. Vale lembrar que a Justiça Eleitoral não coleta dados sobre a orientação sexual dos candidatos, dificultando um levantamento mais aprofundado. Para as eleições deste ano, o #VoteLGBT montou uma plataforma para mapear as candidaturas da população.

Partidos gastam pouco

O levantamento mostra ainda que as candidaturas de pessoas LGBTs recebem, em média, apenas 2% do teto de gastos de partidos políticos brasileiros, nas candidaturas em cidades com mais de 500 mil habitantes. Nas menores, os partidos destinam, em média, 6% da verba para essas candidaturas. O levantamento aponta para as inovações políticas apresentadas por representantes LGBT+ e, ao mesmo tempo, para os obstáculos enfrentados na sociedade e dentro das legendas.

“Nas últimas eleições, observamos o sucesso eleitoral das candidaturas LGBTs. Tivemos números recordes de candidaturas e de eleitos, mas todas essas vitórias estão sendo construídas em um contexto de muita luta e, muitas vezes, a despeito dos partidos políticos. As candidaturas ainda são subfinanciadas. Sem apoio financeiro, elas ainda sofrem com as suas reais chances de disputa em muitas cidades do país. Estamos em todos os lugares, mas estamos isolados”, afirmou a pesquisadora e integrante do #VoteLGBT Evorah Cardoso.

Fonte: Agência Brasil

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