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Cerca de 40% dos restaurantes de comida a quilo fecharam

A rápida escalada da inflação é o maior desafio dos empresários

Cerca de 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo já fecharam devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. A estimativa é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). As medidas de restrição e o grande número de pessoas em trabalho remoto reduziram o movimento nos estabelecimentos de refeição rápida. Segundo a Abrasel, os restaurantes por quilo ou self-service, que tinham grande procura antes da crise, atualmente têm menos de 10% do movimento pré-pandemia.

O empresário Renato Rezemini fechou as portas do restaurante por quilo que tinha, mas conseguiu manter outro estabelecimento à la carte, em que os clientes escolhem os pratos em um cardápio, mas o movimento ainda é baixo. “É praticamente inviável. Todo mês a gente cava mais um pouco do buraco, entra mais um pouco no negativo”, lmentou. Rezemini disse que o serviço de entregas não resolve o problema dos restaurantes, especialmente aqueles localizados em bairros comerciais, onde a circulação de pessoas diminuiu muito devido ao trabalho remoto.

Crise longa

O setor de serviços tem sofrido os impactos das incertezas relacionadas ao avanço da pandemia e à necessidade da quarentena,para manter tanto as portas abertas quanto os empregos. De acordo com a Abrasel, as dificuldades devem permanecer mesmo depois da pandemia. “Dependendo da situação, do capital de giro que tinha, da sua capacidade, isso aí vai de três a cinco anos”, disse o presidente do Conselho de Administração Abrasel, Joaquim Saraiva.

Manter seu restaurante durante a pandemia está sendo extremamente difícil para a empresária Maria Teresa Dias: “A gente está em uma área estritamente comercial, só tem escritório e lajes corporativas, e as empresas não estão trazendo os funcionários [para trabalho presencial].” Com a clientela atual, disse Maria Teresa, não é possível pagar as contas como antes. A empresária conseguiu negociar com o proprietário do imóvel e não está pagando o aluguel do restaurante neste momento. Um acordo com seus funcionários também gerou economia, com o objetivo de evitar demissões.

 

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