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Adutora da Deso rompe e deixa 33 mil pessoas sem água

Essa não foi a primeira nem será a última vez que a tubulação da Adutora do Semiárido rompe

Um rompimento na tubulação da Adutora do Semiárido deixou sem água, nesta terça-feira (5), mais de 33 mil pessoas no município sergipano de Poço Redondo. A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) informou que o abastecimento só deverá ser restabelecido no final da tarde, pois a previsão é que recuperação da tubulação seja concluída por volta das 14 horas.

A Deso recomenda à população atingida pelo rompimento da adutora que utilize de forma econômica a a água existente nas caixas d’água e reservatórios residenciais, evitando-se desperdícios. Casos de emergência e pedidos de serviços podem ser informados pelo telefone 0800 0790195 com prioridade para creches, hospitais, asilos e demais entidades dessa natureza.

A Adutora do Semiárido rompe com frequência a sua grossa tubulação, deixando desabastecidos os moradores do sertão sergipano. E por que o equipamento apresenta tantos defeitos? Oficialmente, a Deso não informa o que tem causado os constantes rompimentos, porém engenheiros da estatal garantem que o problema está no material usado: tubos de RPVC (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro).

Canos à base de resina

Segundo engenheiros que participaram da implantação da Adutora do Semiárido, era para ser utilizada tubulação de aço, porém havia uma exigência em Brasília para que os canos fossem de RPVC, à base de resina poliéster, fibras de vidro, cargas minerais e aditivos. Não adiantaram as pressões e argumentos da Deso em favor da tubulação de metal, tendo, afinal, o governo estadual cedido, pois só assim garantiria o financiamento para iniciar as obras da adutora.

Para estes engenheiros, que não aceitam a divulgação de seus nomes, a pressão da água no começo da adutora é muito forte, provocando movimentos constantes na tubulação e, consequentemente, o seu rompimento. O problema tem ocorrido nos primeiros cinco quilômetros, justamente onde a pressão é muito elevada. Por ser uma obra relativamente nova – a adutora começou a operar em 2010 – dificilmente o governo estadual conseguirá financiamento para substituir a tubulação de RPVC, alternativa sugerida pelos técnicos para resolver os constantes problemas. Para eles, não adianta consertar, pois os tubos vão continuar se rompendo.

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