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A morte está na próxima esquina

Os bandidos agem abertamente em todo o Estado, como se não temessem mais a Polícia

Nunca se matou tanto em Sergipe quanto agora. Os marginais roubam, arrombam residências, casas comerciais e igrejas, além de assassinarem por qualquer motivo e em qualquer lugar. Por outro lado, traficantes matam-se entre si na disputa por pontos de tráfico. Para se ter uma ideia da violência reinante no Estado, da última sexta-feira (25) até a madrugada de hoje (28), foram registrados 19 homicídios na capital e no interior.

São tantos crimes que alguns corpos têm ficado horas a espera dos carros do Instituto Médico Legal para removê-los. As viaturas praticamente não param, principalmente nos finais de semana. Somente na sexta-feira, os veículos do IML tiveram que recolher sete cadáveres. Uma das vítimas foi morta por espancamento. É aquele negócio: na ausência da Polícia, tem gente fazendo “justiça” na base do olho por olho, dente por dente.

Impotente, o governo insiste no velho e surrado discurso de que as Leis facilitam a soltura dos criminosos que, colocados em liberdade, voltam a delinqüir. “O crescimento da violência é muito por culpa da fragilidade das leis no país”, afirma o secretário da Segurança Pública, Mendonça Prado. “O problema não é somente da Polícia, mas também dos diversos setores da sociedade. Neste ano, por exemplo, nós prendemos a mais, dois mil meliantes, em relação ao ano passado”, afirma Prado.

2º mais violento

O governo só não explica como Sergipe, tão pequeno, consegue ser, proporcionalmente, o segundo mais violento do Brasil. Tendo registrado 999 homicídios em 2014, o Estado teve 44 crimes de morte para cada grupo de 100 mil habitantes. O Ceará lidera este ranking cadavérico com 46,9 homicídios para cada 100 mil moradores. É o que atesta o relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça.

Para se ter uma ideia como o quadro é dramático, a maioria dos policiais militares destacados no interior tem preferido não dormir nas delegacias. Temem serem assassinados pelos assaltantes, que invadem as cidades, armados até os dentes, para estourar os caixas eletrônicos das agências bancárias. Antes da fuga espetacular, estes bandidos costumam atirar nas portas das delegacias e furar os pneus das viaturas policiais.

Por Adiberto de Souza

 

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