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A luta pelo Poder em Sergipe!

Por Antonio Samarone *

A política é uma atividade de interessados que lutam com as armas da estratégia. É um jogo de xadrez, onde os combatentes precisam enxergar longe, antecipar mentalmente as jogadas. Fora disso é a violência, um jogo de dama, um mata/mata imediato.

Valmir de Francisquinho recebeu a aprovação popular na campanha. Os seus adversários jogaram bruto e inviabilizaram a sua caminhada no tapetão.

O apoio à Valmir foi pessoal, não expressou uma ideologia. O povo queria um gestor experiente, com serviços prestados. Era um eleitorado heterogêneo, onde cabia todo mundo.

A extrema direita, de forma minoritária, fazia parte desse eleitorado de Valmir, e se achou no direito de sequestrar a sua liderança.

Queriam que Valmir fosse guiado pela ideologia que eles professam. Entretanto, a maioria do eleitorado de Valmir votou em Lula, no primeiro turno.

Essa direita queria Valmir encabrestado, acompanhado as suas opções políticas. Como eles não tem candidato a governador em Sergipe, exigiam que Valmir se anulasse, lave-se as mãos, não participasse do segundo turno.

Tem cabimento?

A chapa do governo investiu abertamente na cassação de Valmir e é composta por seus adversários políticos em Itabaiana. A maior parte do eleitorado de Valmir votou em Lula no primeiro turno.

Valmir tem responsabilidade com o seu eleitorado no Agreste e em especial em Itabaiana, que precisam de obras e serviços públicos, negados pelo interminável governo Belivaldo.

Para onde iria Valmir? Lavar as mãos, com queria a extrema direita? Valmir agiu dentro da ética da responsabilidade, prevista em Max Weber.

Ele fez o politicamente necessário. Elaborou uma carta de compromissos, exigindo do candidato do PT, Rogério Carvalho, a incorporação de parte do seu programa de governo. Isso é a grande política.

Como reagiu a extrema direita querendo dirigir os passos de Valmir?

Abandonaram o combate político e partiram para a violência. O jogo bruto. Acusações pessoais, fake News, calunias, agressões, ou seja, partiram para o vale tudo.

Na luta pelo poder, dinheiro e glória, é na ambição pelo poder que o homem desperta os piores instintos.

A política é a única forma civilizada de se buscar o poder. O resto é guerra híbrida.

Acho que Valmir não deve baixar o nível. O eleitorado tem discernimento político.

Muitas lideranças desse campo, que cobram a neutralidade de Valmir, não são neutras, tomaram partido nesse segundo turno sem nenhuma transparência, sem as devidas justificativas públicas.

Eu não vejo a militância de extrema direita como um mal, desde que se faça no campo democrático. A sociedade é plural e heterogênea, portando, natural a pluralidade política.

* É médico sanitarista

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