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Em Aracaju, pessoas trans já retificam nomes e gêneros

Mais de 300 pessoas trans ou travestis já retificaram seus nomes

As pessoas trans ou travestis contam com o apoio da Prefeitura de Aracaju para alterar o nome e sexo no registro civil sem que se submetam à redesignação. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal garantiu que todo cidadão ou cidadã tem direito de escolher a forma como quer ser chamado ou chamada. Hoje, mesmo com os desafios ainda existentes, pessoas trans ou travestis residentes na capital sergipana podem definir por qual nome marcarão sua trajetória na sociedade e no mundo.

A Secretaria da Assistência Social de Aracaju assegura todo o suporte a esse público, que pode contar com a Assessoria LGBTQIA+ durante o processo de retificação de nome e gênero. “Agora, não terei mais vergonha de ser chamada por um nome que não é meu”. A afirmação é de Layra Renata, de 20 anos. Ela é uma das mais de 300 pessoas trans ou travestis que retificaram seus nomes, em Aracaju, e aguardam a chegada dos novos documentos, com o nome fazendo jus à foto em destaque.

Para o assessor técnico de assuntos LGBTQIA+, Marcelo Lima, a procura pelo acompanhamento representa a efetividade do serviço, mas vai além. “Não é um processo simples. Retificação de nome e gênero mexe com toda a vida da pessoa, mexe com o como a pessoa se vê e como ela se construiu. A sociedade foi formada fazendo um resumo de gênero em vagina ou pênis, e não é. Gênero é como você se construiu ao longo de sua vida. Ainda hoje, há dificuldade de entendimento na questão de retificação de nome e gênero, com muita burocracia, mas o que move é garantir a dignidade humana”, afirma.

Fonte: Secom/PMA (Foto: Sérgio Silva/PMA)

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