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O miliciano Adriano tinha negócios em Sergipe

Julia Lotufo sempre cuidou das finanças do marido Adriano da Nóbrega

O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto pela Polícia baiana em 9 de fevereiro de 2020, tinha transações comerciais com fazendeiros de Sergipe. A constatação se fundamenta em interceptações feitas no telefone da viúva Julia Emilia Mello Lotufo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro. 12 dias após a morte do miliciano, um empregado dele informa a um homem, provavelmente ligado a Júlia, que estava retirando os cavalos de Adriano de um haras localizado em Itabaianinha, município da zona sul de Sergipe.

De acordo com o Gaeco fluminense, a viúva Júlia Emília determinou a remoção dos cavalos, provavelmente, para serem vendidos antes do sequestro dos bens do ex-capitão pela Justiça. Ainda de acordo com as investigações do Ministério Público, durante o período em que esteve foragido na Bahia, o miliciano teria “lavado” dinheiro de origem criminosa por meio do arrendamento de fazendas de gado em Sergipe, registradas em nome de laranjas. Há provas, inclusive, de que o ex-capitão participou de vaquejadas em Sergipe dias antes de ser morto pela Polícia baiana, no município de Esplanada.

As investigações do Gaeco revelaram que, como Adriano da Nóbrega não tinha bens em seu nome, ele fazia uso de laranjas. Segundo o relatório da promotoria, Julia “exercia a função de gerir e de investir valores vultosos em setores diversos, provavelmente originados de seu companheiro”. As interceptações feitas pelo Gaeco mostram também o medo de Julia em “cair no grampo”. Por isso, ela só usava celular no nome de terceiros.

Prisões decretadas

Na última segunda-feira (5), a 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro decretou a prisão de Julia, Rodrigo e Daniel Haddad Bittencourt Fernandes Leal. Na ação, batizada de Operação Gárgula, foram cumpridos 27 mandados de busca contra membros da organização criminosa. A pedido do Ministério Público, a Justiça sequestrou o haras e veículos da quadrilha, além do bloqueio de bens no valor de R$ 8,4 milhões. Julia encontra-se foragida da Justiça, mas seus advogados negam isso: “Ela só não se entregou ainda por temer pela sua vida e de sua filha de 9 anos de idade”, dizem os advogados da viúva.

Foto: jornal O Dia

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