FUP preocupada com a mão de obra que vai operar as Fafen’s

Mesmo comemorando a notícia de retomada da produção das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen’s) de Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) está preocupada com a força de trabalho que vai operar as duas unidades. “É preciso que fique muito claro que defendemos o retorno dos petroleiros que foram transferidos de forma compulsória da Bahia e Sergipe, além da convocação do cadastro de reserva do concurso que está aberto”, afirma Deyvid Bacelar, presidente da FUP.

Segundo ele, a pauta da Federação para as duas Fafen’s propõe que o controle e gestão das fábricas por parte da Petrobrás, a retomada da operação com os petroleiros que foram transferidos compulsoriamente, e que a mão de obra seja complementada por meio de contratações temporárias até a recomposição do efetivo.

Petrobras fará licitação

O novo acordo feito entre a Petrobrás e a Unigel, empresa que arredou as duas Fafen’s, estabelece a realização de uma licitação para operação e manutenção dessas fábricas por parte de uma empresa por um período máximo de cinco anos. “Sabemos muito bem que os governos anteriores fizeram com que o efetivo fosse muito reduzido, quase 40 mil pessoas saíram da Petrobrás, e isso faz com que hoje não haja a condições de nesse momento nós fazermos essa operação e manutenção”, explica Bacelar.

A expectativa é de que as duas unidades voltem a operar a partir de outubro deste ano. Se estima que serão gerados cerca de 2,4 mil empregos diretos e indiretos nas duas fábricas. A criação de empregos próprios da Petrobrás nas duas unidades foi um dos principais pleitos da FUP na Comissão Nacional de Fertilizantes (Confert) e no Grupo de Trabalho de Fertilizantes na Petrobrás.

Para o diretor da FUP e do Sindipetro Unificado, Albérico Queiroz, a solução é o aumento de efetivo: “Precisamos zerar o cadastro de reserva, aumentar o efetivo da Petrobrás, trazer novos trabalhadores à empresa e fazer com que os trabalhadores transferidos retornem a seus lugares de origem para contribuir nesse processo de operação das fábricas de fertilizantes, que garantem a soberania nacional e são muito importantes para a produção de alimentos”, disse.

Fonte: FUP