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Coroa do Meio, uma das praias mais perigosas de Aracaju

A extensão de praia da Coroa do Meio até os Arcos da Orla é muito perigosa

O especialista em salvamento aquático do Corpo de Bombeiros, capitão Márcio Fábio Silva Caldas, confirma que o local onde há os maiores registros de afogamento em Aracaju se concentra na faixa de praia que vai do bairro Coroa do Meio até as proximidades dos Arcos da Orla, na praia de Atalaia. Na praia da Coroa do Meio, próximo à margem, uma equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros já encontrou pontos com aproximadamente 30 metros de profundidade.

Para evitar os afogamentos, o Corpo de Bombeiros coloca bandeirolas vermelhas para indicar a existência de buracos e forte correnteza, mas muitos ignoram os avisos de perigo.

Segundo o capitão, o que torna essa faixa de mar tão perigosa é a forte influência do rio no comportamento da areia da praia. “A areia é transportada pelas águas que provocam aquelas “piscinas”, que são formadas quando a maré está baixa, onde as crianças geralmente ficam. Mas quando a maré está alta, aquela “piscina” se torna um perigo, daí é o momento onde colocamos as bandeirolas para sinalizar a ameaça”.

Primeiros socorros

O capitão Márcio disse que é muito comum um banhista querer ajudar alguém que está se afogando, sobretudo quando se trata de idosos e crianças. “Solicitamos que os banhistas entrem em contato com o bombeiro porque sempre haverá uma dupla de guarda-vidas nos arcos da orla e na Coroa do Meio. Se algum banhista entrar para fazer o socorro de alguma pessoa, ele deve ter autoconhecimento para não se colocar em risco”, explica.

Para o capitão, a falta de autoconhecimento para socorrer alguém pode ocasionar sérios problemas e afeta até mesmo profissionais com larga experiência. “Já aconteceu comigo que sou experiente, mas eu tenho um bom preparo físico e soube controlar a situação, deixando a vítima me “afogar” e depois, peguei a mão dela, entrei em contato visualmente e falei: “olha, tenha calma. Você está segura”. Mas uma pessoa que não tem experiência pode entrar em pânico e se tornar outra vítima”, afirma.

Atendimento ao afogado

Cerca de 90% das vítimas que são atendidas pelos bombeiros não precisam de atendimento médico porque foram resgatados no princípio do afogamento. “Normalmente, a vítima está falante, pedindo socorro e este socorro chega de imediato, seja pelos bombeiros ou por banhistas que estejam no local. Na maioria das vezes, as vítimas são crianças ou idosos. Como aqui, os buracos estão próximos das margens, as pessoas que tem menos agilidade motora são as principais vítimas”, pontua o capitão.

Cuidados a serem tomados

* Os responsáveis devem verificar o local onde vão ficar na praia.

* Nunca deixar as crianças sem supervisão e não ficar muito longe delas, pois elas podem ter o impulso de entrar na água se ocorrer um princípio de afogamento.

* Observar se há guarda-vidas no local. Se não houver, verificar se aquele local é propício para banho. Como? Entrando na água, de forma lenta, e observando.

“Existe um local onde as ondas se quebram, deixando aquela espuma branca. Mas, se você observar, existem locais onde não tem a quebra da onda. Esses locais onde não quebra a onda e não forma espuma são mais profundos que o restante ao redor”, conclui o capitão Márcio.

Fonte: SSP (Crédito/G1)

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