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Sergipe compra coco da Indonésia, Tailândia e Vietnã

De janeiro e outubro último, Sergipe importou US$ 743,7 mil em coco e seus derivados

Apesar de responder por 12,2% e 17,3%, respectivamente, das produções nacional e nordestina de coco seco, Sergipe importa o produto para atender as indústrias do setor. São fornecedores a Indonésia, com 61% do volume importado, Tailândia (17%) e Vietnã (14%).  A venda de cocos, frescos ou secos, e dessecados as empresas sergipanas de beneficiamento renderam aos três países 784 mil dólares.

Segundo os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) referentes ao coco-da-baía, divulgados pelo IBGE, no ano passado foram produzidos 1,9 bilhão de frutos no Brasil. O Nordeste é o principal produtor de coco seco, respondendo por 1,3 bilhão de frutos, equivalente a 68,4% da produção nacional. Sergipe  merece destaque, pois responde por 12,2% de todo o volume produzido no Brasil e por 17,3% do que se produz nos estados nordestinos.

Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies), mostra que em relação ao valor produzido por esta cultura, Sergipe somou um montante de R$ 152,4 milhões, frente aos R$ 830 milhões do Nordeste. Portanto, o estado responde por 18% do valor produzido na região, tendo chegado a 7,9% dos recursos gerados no Brasil (R$1,2 bilhão).

Importação

Em 2014, Sergipe importou US$ 2,9 milhões em cocos, frescos ou secos, dessecados e cocos secos, sem casca, mesmo ralados, somando um total de 1,5 mil toneladas. De janeiro e outubro deste ano, O estado importou apenas US$ 743,7 mil em cocos, frescos ou secos, dessecados, equivalente à compra de 419 mil quilos. Verificou-se uma redução de aproximadamente 75% na importação do coco seco.

Os principais países fornecedores desses produtos para Sergipe foram o Vietnã, que apurou US$ 1,4 milhão com a venda de 662 toneladas de cocos secos, sem casca, mesmo ralados e cocos, frescos ou secos dessecados. Esse montante representou 49% do total adquirido em 2014. Em seguida, aparece como vendedor o Sri Lanka, que vendeu US$ 724 milhões, equivalentes a 379 toneladas de cocos secos, sem casca, mesmo ralados.

Um pouco da história

De origem asiática, o coqueiro teve seu início de cultivo no Brasil em 1553, durante a ocupação territorial. No entanto, somente no século XIX, a atividade comercial do coco no passou a ter relevância no quadro internacional, devido à ampliação dos conhecimentos das qualidades do fruto na alimentação humana e do processo de aproveitamento industrial do óleo. E nesse contexto, Sergipe, destacou-se não só como área de expansão dos coqueirais que também havia acontecido no Norte e Nordeste do país, mas como o primeiro estado a ter experiências industriais de aproveitamento do fruto.

Nesse aspecto, a cocoicultura sergipana pode ser demarcada em duas fases. Na primeira, durante o período da colonização foi marcada pela prática extrativista, voltada ao consumo pelas populações litorâneas. Posteriormente, devido à expansão e juventude dos coqueirais houve exportações do produto.

Já na segunda fase, no século XX, produtos como leite e farinha de coco já eram produzidos e comercializados no Nordeste e vendidos para outras regiões brasileiras. Isso foi devido à estruturação e fortalecimento da cadeia nos anos 1930, com o surgimento da primeira indústria beneficiadora de coco no Brasil.

Nos anos 1950, o estado já contava com cinco indústrias beneficiados de coco das doze existentes no país, apresentando relativa diversificação de produtos e produção voltada para o mercado nacional. A partir dos anos 1970, o segmento passou a enfrentar uma crise de produtividade, devido ao envelhecimento dos coqueirais, mesmo com a implantação de coqueiros híbridos no Platô de Neópolis em anos posteriores.

Por Adiberto e Souza, com informações da Federação das Indústrias do Estado de Sergpe. (Crédito/Embrapa)

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