Com a execução do plano bilionário de cortes de custos do Banco do Brasil ainda indefinida, funcionários da estatal se mobilizaram para uma paralisação em todo o País nesta sexta-feira (29). O objetivo é pressionar o banco a desistir de vez da reestruturação, que prevê o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários durante o primeiro semestre deste ano.
Polêmico, o plano quase custou o cargo do presidente da instituição, André Brandão. Logo após o anúncio dos cortes, em 11 de janeiro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstrou irritação com Brandão e expressou a interlocutores a intenção de demiti-lo. Foi preciso que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto montassem uma operação para evitar a demissão precoce de Brandão, que estava a menos de quatro meses no cargo.
Ao longo desta semana, sindicatos ligados aos bancários aprovaram a paralisação dos funcionários do Banco do Brasil nesta sexta-feira. A orientação geral é de que os trabalhadores cruzem os braços, estejam eles em agências ou em home office. Em função da pandemia do novo coronavírus, os protestos presenciais, em frente às agências, devem dar lugar a ações na internet. Funcionários que aderirem ao movimento podem ter o dia de salário cortado, o que serve de desestímulo. Tradicionalmente, a adesão não é generalizada.