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Água de barragem do Poxim vale R$ 120 milhões

Fosse vendida a preço de hoje, os 32 bilhões de metros cúbicos de água armazenados na Barragem do Poxim, em São Cristóvão, renderiam à Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) algo em torno de R$ 120 milhões. O calculo é do engenheiro da estatal, Cássio Dantas. Para chegar a este valor, ele multiplicou o custo de 10 metros cúbicos de água (R$ 38,59) por 32 milhões. Mas, a principal importância da barragem está no fato de ela oferecer garantia hídrica à Grande Aracaju.

De acordo com a Deso, a garantia hídrica oferecida pela Barragem do Poxim permite ao Governo planejar de forma adequada o aumento da capacidade instalada das indústrias localizadas no Distrito Industrial de Socorro. “A barragem é uma obra importante não apenas para o consumo humano, mas para permitir à Deso planejar o atendimento ao setor empresarial”, afirma Cássio Dantas.

Alguém vai dizer que a água represada em São Cristóvão destina-se unicamente ao consumo humano, porém a segurança hídrica propiciada por ela garante que, durante os períodos de longas estiagens, a Deso não precisará remanejar parte da água da adutora do São Francisco para atender a população residente na zona sul de Aracaju. Assim, a água que seria manobrada para o consumo humano continua sendo utilizada pela indústrias instaladas em Socorro.

O engenheiro Cássio Dantas lembra outra vantagem da barragem: “Para distribuir a água do rio Poxim a Deso gasta bem menos com energia elétrica, sem contar que, ao reduzir a captação no São Francisco, a Companhia contribui para diminuir os impactos naquele rio”, explica. Na avaliação da Deso, a barragem recentemente inaugurada é uma garantia que pelas próximas duas décadas Aracaju não enfrentará racionamento. A obra consolida toda a estrutura pesada para equilibrar definitivamente a distribuição de água em toda a Grande Aracaju.

Na construção da barragem foram investidos R$ 85 milhões, dos quais R$ 70 milhões oriundos do Governo Federal e os outros R$ 15 milhões dos cofres estaduais. Iniciada em 2001, a obra foi paralisada em 2002 para só ser retomada em 2008 e concluída este ano.  Objetivando compensar a mata retirada para a realização da obra, a Deso replantou no entorno da barragem cerca de 40 mil mudas de árvores nativas. Sobre a hipótese de a barragem ser usada no futuro para atividades esportivas, o engenheiro Cássio Dantas afirma: “Ela será transformada em reserva legal, mas não se destina a turismo ou competições”.

Eficiência

De acordo o engenheiro, com o melhor aproveitamento das estruturas de abastecimento, a companhia dispõe hoje de uma gestão mais eficaz da água, assegurando a oferta do bem essencial com qualidade e de forma contínua aos domicílios urbanos atendidos pela Companhia. “Foi com tal perspectiva que a concretização de novos projetos e a conclusão das obras em andamento se constituíram como diretrizes de trabalho para um Sergipe melhor”, afirma.

A Companhia de Saneamento de Sergipe informou também que o total de R$ 584 milhões destinados a produção de água potável, mais de R$ 212 milhões foram dedicados a dois importantes projetos de melhoria da oferta de água para da Grande Aracaju. Com essa cifra, o Governo do Estado assumiu o desafio de finalizar duas grandes obras: a duplicação da Adutora do São Francisco e a construção da barragem do rio Poxim.

Por Adiberto de Souza (Foto: Ascom/Deso)

 

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