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Terminal pesqueiro está com 50% das obras prontas

De frente para o Mercado Antônio Franco, o Terminal Pesqueiro Público de Aracaju já conta com 45% das obras executadas. No espaço, que recebe R$ 14 milhões de investimentos (R$ 7 milhões para a obra e os demais para aquisição de equipamentos), já se avista o cais, nos quais se acostarão os barcos, e boa parte da estrutura de sustentação do prédio. O local proporcionará que mais de 12 mil pescadores de 27 colônias sergipanas tenham um ponto de comercialização de peixes e frutos do mar, e que consumidores tenham acesso a alimentos conservados em espaço limpo e refrigerado.

“Estão caprichando na obra. Vejo o pessoal trabalhando certinho. Creio que vá ficar maravilhoso, principalmente para quem deseja comprar, pois terá higiene. Esse terminal pesqueiro vai ser importante, pois facilitará a negociação dos peixes e deixará o setor mais organizado. Além disso, vai melhorar a economia para o pai da família, que terá mais renda. Não imaginava que teríamos uma obra assim. Vai ser ótimo para todo o estado”, declarou o pescador Adelmo dos Santos.

O terminal construído pelo Governo do Estado supre uma antiga demanda dos pescadores. No total, são 1.256 m² de área, sendo 632 m² para o cais de atracação. O espaço moderno está sendo erguido na Avenida Otoniel Dórea e conta com recursos provenientes do Governo Federal. De acordo com o secretário da Infraestrutura, Valmor Barbosa, o lugar será um marco para cultura da pesca no estado.

“Os mais de 12 mil profissionais da Grande Aracaju e região Sul do estado desenvolverão suas atividades com melhorias na estrutura, serviços profissionalizados e aprimoramento na qualidade dos produtos oferecidos, o que resultará não apenas na redução de custos, mas, principalmente no amplio das vendas dos peixes e pescados para grandes varejistas dentro e até fora de Sergipe”, avaliou.

Diretor técnico da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), Howard Lima, explica que algumas etapas da obra já foram concluídas, a exemplo das fundações, laje de piso, e as estacas, estrutura de concreto e bacia de contenção do cais. A estrutura metálica e alvenaria de bloco já atingiram 70%. Já os pilares de sustentação estão quase prontos. Atualmente, uma média de 60 trabalhadores atua no local.

O centro de comercialização e tratamento é de grande contribuição, segundo afirma Howard. Ele comenta que, atualmente, o local onde os pescadores armazenam os peixes é insalubre. Com a entrega do terminal, haverá o tratamento adequado para os pescados, com sumidouro [abertura por onde a água se escoa] e tratamento de esgoto. O mau cheiro será evitado, e os camarões e peixes serão tratados, congelados e transportados corretamente para o interior. “Vai aumentar a linha de produção, melhorar a distribuição e manter a qualidade dos pescados”, acrescentou o técnico da Cehop.

Para Josevaldo Conceição, que atua no ramo da pesca há 25 anos, o terminal pesqueiro vai oferecer as condições necessárias para quem trabalha na área. “No terminal antigo não tínhamos condições de trabalho, e nesse local que estamos provisoriamente, até que o prédio esteja pronto, ficamos em uma situação ruim, pois não temos freezers. Com o novo terminal, será melhor para guardar o que for pescado e terá um lugar melhor para encostar o barco. Será algo para valorizar nossa categoria. O Estado está oferecendo tudo para a gente com esse terminal. Estou feliz por isso”.

Além do benefício econômico, o terminal também será um ponto turístico, por estar em uma área de referência na capital, segundo conta o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal. “Vai passar a ser um dos prédios mais bonitos do Centro, ficando dentro de uma paisagem urbana e valorizando ainda mais nossa cidade. Além, disso, o lugar também tem um peso extraordinário por ser o único ponto no estado que vai receber pescados com todas as condições higiênicas e sanitárias exigidas pelo Ministério da Agricultura”.

A concentração da produção de pescado no terminal vai proporcionar ainda, de acordo com Esmeraldo, o controle da quantidade produzida em Sergipe. “Teremos condições de organizar melhor a produção de peixe do estado, que é muito grande, e conseguiremos transformar isso em números para mostrar a força da piscicultura no estado”, concluiu o secretário.

O centro de produção e comercialização de pescados tem projeto pensado para proporcionar mobilidade para pessoas com deficiência e, dentre as dependências, apresenta sala de higienização de equipamentos, depósito, recepção e controle, espaço administrativo com lobby, lanchonete, cozinha, sala de reunião, salas administrativas, e câmara de espera. Há, também, câmara de espera, depósito de resíduos, casa de máquinas, estação de tratamento de esgoto, reservatórios, sanitários, sala de aula e tanque de reservação de óleo combustível com estrutura em concreto armado.

Facilitar a vida dos trabalhadores. É esse o objetivo que o pescador Paulo Ferreira vislumbra para o terminal.  “Nele, os consumidores serão atraídos e terão acesso mais simplificado. Imagino que quando termine a construção, fique legal e bonito”, pontuou, complementando que sua dedicação à profissão há 35 anos tem motivação. “Gosto de ser pescador. Sinto-me bem com a profissão que escolhi”, concluiu.

 

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