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Pandemia e ação policial causam escassez da maconha

Um baseado de maconha está custando R$ 10 e isso quando aparece

Usuários de maconha estão se queixando da escassez do produto nesta época de pandemia da Covid-19. Culpam a forte repressão policial e os decretos governamentais regulamentando o isolamento social. As apreensões de volumes consideráveis da droga também contribuem para colocar o preço da “macaca” na estratosfera. Somente nos últimos 15 dias, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu, no trecho sergipano da BR-235, pouco mais de 100 quilos de maconha natural que estavam sendo transportados da Bahia para Grande Aracaju.

 Seguindo a regra da oferta e da procura, a ausência fez o preço da Cannabis estourar na praça: a “manga rosa” natural é muito difícil de ser encontrada, contudo quem a localiza não compra 50 gramas por menos de R$ 150. Essa mesma quantidade da “prensada” custa R$ 180 e é mais fácil de achar na periferia da Grande Aracaju. Para desespero dos malucos belezas, um finório de maconha está sendo vendido por R$ 10 e isso quando aparece. Pior é que, na maioria das vezes, é “paia”, não faz a cabeça nem de principiante.

Nesta época de isolamento social, quando muitos usuários estão em quarentena para evitar o coronavírus, as consequências da escassez de maconha podem ser devastadoras. Profissionais de saúde não afastam a possibilidade de essas pessoas adotarem hábitos mais arriscados, como o uso de drogas com as quais não têm familiaridade ou a abstinência, que pode ser perigosa se não for acompanhada. Há relatos, inclusive, entre a galera da fumaça que para driblar a falta da “coisa”, muitos usuários estão plantando a marijuana nos apartamentos e quintais. Misericórdia!

Maconheiros pesquisados

Objetivando compreender o impacto das medidas de isolamento social sobre o consumo da maconha, o portal Rede de Observatórios da Segurança encaminhou um formulário online, sob a condição de anonimato, para pessoas que fazem uso do entorpecente. O questionário obteve as seguintes respostas: a maconha de origem paraguaia (a prensada) é a mais consumida por 57% dos entrevistados. Na sequência, com 19%, vem o skunk, uma versão mais potente da droga que possui elevado teor de tetra-hidrocanabinol (THC), o componente ativo da Cannabis.

Sobre os impactos das medidas de isolamento, destacam-se o alto valor cobrado e a dificuldade em encontrar o produto: 93% dos maconheiros disseram que a rotina de aquisição da droga foi alterada por causa de algum desses fatores. Para 24% dos entrevistados, a “macaca” não é mais encontrada nos pontos de venda, enquanto 72% afirmaram que o preço da grama aumentou mais de 50%. A redução drástica na oferta fez com que 43% das pessoas entrevistadas deixassem de fumar maconha durante o isolamento. Por sua vez, 45% dos respondentes afirmam que estão “dando um jeito” para “fazer a cabeça”.

Acredita-se que, mesmo quando Sergipe vencer a pandemia e desembarcar no novo normal – Deus nos ouça – o uso recreativo da Cannabis sativa não será mais como antigamente. Foi-se o tempo em que durante as animadas marchas da maconha não faltavam fornidos baseados nas mãos e bocas dos alegres manifestantes. “Chose de loque”!

Por Destaquenotícias

 

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