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Cartas aos peixes

Por Adiberto de Souza *

Udenista de carteirinha, o hoje segurança aposentado do Senado, Cosme Fateira, nunca negou ter “afogado” centenas e centenas de cartas e telegramas no rio Sergipe. Foi na década de 60, quando ele era um dos poucos carteiros da capital. Naquela época, o número de correspondências que chegava em Aracaju não era tão grande e Cosme conhecia o perfil político de praticamente todos os destinatários.

Quando a carta estava endereçada a um filiado ou simpatizante do PSD, o carteiro udenista não perdia tempo em entregá-la ao destinatário, preferindo jogá-la nas águas turvas no rio. Aliás, o próprio Cosme brinca dizendo que, pelo volume de cartas e telegramas arremessado no estuário do Sergipe, é bem capaz que alguns peixes tenham aprendido a ler.

Fateira se defende dizendo que ele não era o único que ‘naufragava’ as correspondências: “A turma do PSD fazia a mesma coisa com as cartas endereçadas ao pessoal da UDN”. Falastrão, Cosme jura, de pés juntos, que o ex-governador Jackson Barreto era um dos carteiros pessedistas que não pensava duas vezes para “afogar” as missivas destinadas aos udenistas aracajuanos. JB, claro, jamais confessou ter jogado cartas aos peixes.

* É editor do site Destaquenoticias

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