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Apresentada quadrilha que arrombou banco em Aracaju

O quinteto atuava há três anos e já se preparava para agir em Recife

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) apresentou nesta segunda-feira, detalhes da investigação que resultou na prisão de uma associação criminosa especializada em furtos de agências bancárias no Brasil. A apresentação aconteceu no Complexo de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope).

Em Sergipe, o grupo é acusado de furtar uma agência do banco Santander, localizada na avenida Francisco Porto, no dia 29 de janeiro deste ano. Na ocasião, os criminosos subtraíram aproximadamente R$ 300 mil de quatro cashes, sem precisar utilizar de explosivos e desativando o sistema de segurança e monitoramento do banco.

Ao total, cinco pessoas, todas da cidade de Joinville/SC, foram presas nesta operação denominada “Caça-fantasma”. São elas: Antônio Ricardo Linhares Pinto, vulgo “Papa”, 41 anos; Fabiano Bastos, vulgo “Gordo”, 45 anos; Jean Carlos Borges, conhecido como “Seco”, 38 anos; e Rodrigo Della Giustina, 33 anos.

Entre os presos está Paulo Roberto Ponath, mais conhecido como “Rei dos Caixeiros”, 44 anos. Líder e articulador do grupo, ele é conhecido nacionalmente por sua especialidade em arrombamentos a caixas eletrônicos, agindo desde os anos 90. Somente nos últimos anos, Ponath já havia sido preso no Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Paraná. Em Recife, no ano de 2009, ele foi preso por furtar R$ 2 milhões de aproximadamente quatro agências do Banco do Brasil utilizando a mesma técnica.

Na operação foram apreendidas várias ferramentas utilizadas para a prática do crime, entre elas, furadeiras eletromagnéticas, rádios amadores, serras, furadeiras de alto impacto, parafusadeira, maleta contendo várias ferramentas, brocas, uniformes utilizados pelo grupo como disfarce. Três veículos também foram apreendidos, sendo dois deles Renault/Sandero e um Fiat/Fiorino com plotagem de uma empresa de TV por assinatura utilizado para armazenar o material empregado na prática criminosa.

Operação Caça-Fantasma

De acordo o delegado Dernival Eloi, responsável por comandar as investigações, os trabalhos tiveram início logo após os primeiros levantamentos do furto à agência do banco Santander, na Avenida Francisco, onde eles perfuraram quatro cashes e o cofre da agência utilizando máquinas industriais. “A partir da investigação, que contou com a análise de câmeras de segurança e com o apoio das equipes da Divisão de Inteligência da Polícia Civil, nossas equipes conseguiram identificar os cinco suspeitos e dar início ao trabalho de localização do grupo”, disse o delegado.

O quinteto foi preso em um apartamento no bairro de Boa Viagem, em Recife/PE. No local, foram apreendidos os dois veículos Renault/Sandero, sendo um pertencente a uma locadora de veículos em Natal/RN e o outro com placa de Santa Catarina. O outro veículo Fiat/Fiorino, utilizado para armazenar os materiais utilizados no crime, foi apreendido no estacionamento de um supermercado, também em Recife.

De acordo com Dernival Eloi, o quinteto atuava há três anos e já se preparava para agir em Recife e, logo depois, em outros estados do Nordeste. No momento da prisão, eles confessaram a prática criminosa em Sergipe. “Inclusive, todos os integrantes têm passagem pela polícia em vários estados do país, em sua maioria pelo crime de furto a agências bancárias”, ressaltou o delegado.

Ainda segundo ele, as investigações continuam para identificar outras pessoas envolvidas com a associação criminosa. “Nós prendemos os cinco indivíduos que efetivamente praticam o furto, mas nós sabemos que essa quadrilha possui uma estrutura, principalmente, para ocultação de bens e lavagem de dinheiro, então nós continuaremos investigando e pretendemos prender mais pessoas”, ressalta.

A polícia investiga também a participação da associação criminosa em um furto a uma agência bancária do banco Santander, em Recife/PE, no dia 21 de janeiro deste ano, poucos dias antes do furto à agência em Aracaju/SE. Na ocasião, os criminosos levaram aproximadamente R$ 500 mil.

Para o secretário de Segurança, João Batista Santos Junior, o resultado dessa operação demonstra a competência da polícia sergipana. “É uma competência já comprovada. Nosso Departamento de Inteligência da Polícia Civil é referência no Brasil, um dos melhores do Nordeste, e só com um trabalho desse de investigação e de paciência conseguimos desarticular essa quadrilha que vários estados procuravam e não conseguiam prender. É um trabalho de muita qualidade e eficiência”, elogiou o secretário.

Texto e foto: Ascom/SSP

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