A deputada estadual Silvia Fontes (PDT) se solidarizou com os 200 funcionários demitidos da Indústria Têxtil Santista e criticou a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Fatos que geraram polêmica e partes de apoio a pedetista. Para ela, o “novo governo” foi imposto com a proposta de fazer o equilíbrio econômico do país, mas até agora não disse a que veio.
“Estamos preocupados com os funcionários que foram pegos de surpresa ao serem demitimos da Santista, localizada em Nossa Senhora do Socorro. O que estamos vendo todos os dias é o aumento do desemprego. Fato lamentável de muita instabilidade. Precisamos que essa situação financeira se normalize e que nosso país volte a crescer. Também não posso deixar de registrar a queda do FPM, o repasse que é feito a todos os municípios, e que esse último mês de maio foi catastrófico. Isso vem acontecendo mês a mês, sempre que o repasse chega é com uma diminuição”, explicou a deputada.
Silvia Fontes reforçou o fato de que vários pais de família saem para trabalhar e não sabem se contam com o salário no fim do mês. “O desemprego e as constantes quedas em arrecadação trazendo uma consequência enorme para os municípios. A expectativa para maio era de arrecadação chegasse a R$ 550 milhões, e veio R$ 422 milhões, assinalando queda de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Podemos fazer uma analogia com uma família que tem uma renda fixa de R$ 1.000 e que todo mês chega o patrão e vai tirando valores, nunca essa conta vai bater, não se consegue organizar e planejar”, defendeu Silvia.
Apoio
A deputada Ana Lúcia (PT), reforçou o discurso de Silvia, ao afirmar que “poderiam até diminuir o número de trabalhadores, mas fechar gera um problema muito grande. Isso vai refletir muito mais no município de Nossa Senhora do Socorro, porque a maioria dos demitidos mora no município onde trabalha. É uma situação de grande desafio para nós parlamentares para estarmos buscando alternativas junto ao poder executivo para que a crise não se aprofunde”.
Silvia Fontes ressaltou o agravante de que o Governo federal além de não fazer o repasse necessário aos municípios, que são os que ficam com toda a carga de obrigações, todo mês está delegando novas funções aos municípios. As pessoas reclamam, com razão, dos municípios, mas precisam entender que nós não fazemos mais porque o repasse não chega de forma adequada.
O deputado Georgeo Passos (PTC) disse que o primeiro trimestre está sendo fechado com 11,2% de desemprego em Sergipe, que representa 2,6% a mais que no mesmo período no ano passado. Quanto à distribuição do FPM, ele ressaltou que não dá mais para o Governo Federal ficar com tudo em suas mãos.
A deputada Maria Mendonça (PP) parabenizou a deputada Silvia por trazer pautas tão relevantes para a sociedade e questionou “como ficam essas famílias? A outra pauta é extremamente importante são os repasses para os municípios que está menor a cada ano. Quando uma fábrica fecha a suas portas, imagina-se as pequenas empresas, as lojinhas não estão tendo como se manter. A situação continua a mesma ou pior com esse governo provisório”.
O deputado Pastor Antônio (PSC) informou que muitas empresas estão sem condições de continuar o serviço, e é pelo emprego que se gera a dignidade da família. “No mesmo momento de muito desemprego, tem aumentado a violência proporcionalmente, uma coisa é ligada a outra. Acho que tem de ter esforço para retomada de crescimento econômico no Brasil”, sentenciou o pastor Antônio.