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João torra dinheiro

Enquanto Aracaju expõe ruas e avenidas esburacadas, a periferia vive às escuras, a saúde paralisada por greves dos servidores, obras inacabadas, salários pagos atrasados, eticétera e tal, o prefeito João Alves Filho (DEM) queima uma pequena fortuna dos contribuintes para propagar loas à sua péssima administração. Um colorido e bem acabado caderno de 24 páginas, publicado hoje pelo Jornal da Cidade, exibe uma Aracaju bem distante da realidade. Quem não conhece os inúmeros problemas da cidade imagina que a capital sergipana é um pedaço do paraíso. Não pecasse pelo surreal, o caro suplemento publicitário ainda fere a Lei, ao publicar fotografias do prefeito João Alves Filho. Segundo o Artigo 37 da Constituição Federal, na publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos não podem constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades. Como se vê, além de gastar recursos públicos para divulgar o irreal, o prefeito desdenha da Carta Magna, como se estivesse acima da lei. Uma lástima!

Pisou no freio

Uma péssima notícia: a Petrobras tem conseguido obter junto à ANP a extensão de prazos para conclusão de uma série de compromissos na área de exploração. Segundo o jornal Valor Econômico, a estatal já conseguiu o aval da ANP para postergar a declaração de comercialidade das seis descobertas de óleo e gás na costa de Sergipe (Barra, Poço Verde, Farfan, Moita Bonita, Cumbe e Muriú). A declaração de comercialidade é a etapa que marca o fim da exploração e o início do desenvolvimento da produção de uma descoberta.

Strip privê

Após ter perdido uma robusta gratificação, um esbelto policial recorreu ao ‘bico’ para recompor o orçamento doméstico. Decidiu fazer strip tease para animadas rodas de bem capitalizadas dondocas da city. A festa privê está lhe rendendo quase cinco vezes mais do que a polpuda gratificação perdida. “Arrependo-me por não ter pensado nisso antes”, diz o policial, enquanto expõe o cano longo de seu “trezoitão”, para delírio das animadas senhoras.

Mudas nativas

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está plantando na periferia de Aracaju mudas de jatobá, almecegueira, aroeiras salsa e vermelha, candeia, ipê cascudo e pau santo. Segundo a Prefeitura, a valorização de espécies naturais nativas visa estimular os aracajuanos a ajudar na preservação do bioma Mata Atlântica. Legal!

Praga verde

Como prefeito biônico de Aracaju, na década de 70, João Alves Filho (DEM) desenvolveu um desastroso projeto de arborização. Autorizou o plantio de milhares de mudas da espécie Pithecellobium Dulce, popularmente conhecida como mata-fome, cassiamimosa e espinheiro. Nativa do México, portanto exótica, esta espécie cheia de espinhos virou uma praga até hoje na capital. As raízes rasas facilitam a queda da árvore, muitas vezes sobre carros. Um horror!

Não adoeça

Um popular dizia ontem que o vereador aracajuano Agamenon Sobral (PP) não pode nem pensar em adoecer: “Se ele cair doente é bom não passar nem por perto de um consultório médico. O melhor é procurar um bom pai de santo ou uma rezadeira”, dizia o eleitor de Sobral. Depois de fiscalizar a frequência dos professores nas escolas públicas, Agamenon passou a acompanhar o expediente dos médicos e enfermeiros nos postos de saúde. Nem precisa dizer que as três categorias estão tiriricas com o vereador falastrão.

Vale nada

A Vale não tem o menor interesse em investir R$ 4 bilhões para implementar em Sergipe o Projeto Carnalita visando a produção de potássio. Para a mineradora, é muito mais lucrativo trazer o minério do exterior utilizando seus navios, que levam para o mundo as riquezas brasileiras. Para os sergipanos, a concessionária da mina de potássio em Rosário do Catete não vale quanto pesa. Misericórdia!

Misturadoras

Boa parte do fertilizante usado na agricultura do Centro-Oeste brasileiro é produzido em Sergipe, onde existem 12 empresas misturadoras. Elas misturam Nitrogênio, Fósforo e Potássio – a famosa fórmula NPK – em grandes quantidades, que são transportadas por caminhões para a fronteira agrícola brasileira. A Vale e a FAFEN são as fornecedoras de potássio e nitrogênio às misturadoras sergipanas.

Machistas

Nada menos do que 58,5% dos homens concordam totalmente ou parcialmente com a frase “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. Segundo pesquisa feita pelo Ipea, 42,7% dos entrevistados acham que as mulheres que usam roupas mostrando o corpo merecem ser atacadas. Pior: 63% concordaram que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. Lastimável que no século 21 ainda se pense assim!

Socoooooro!

A violência segue assustando os sergipanos. A criminalidade faz vítimas em todo o estado, porém sua ação é mais sangrenta na Grande Aracaju, onde matar virou uma rotina para a maioria dos bandidos. Até quando seremos obrigados a conviver com essa situação de horror e medo? O poder público precisa agir rapidamente para pôr um fim a quadro tão sinistro, até porque essa incapacidade expõe a fragilidade da nossa política de segurança pública.

Maria do pau

E quem está desconsolado é o suplicante de iniciais L.S.C., um verdadeiro saco de pancadas nas mãos da ex-companheira. Cansado de apanhar quase todos os dias da valentona, o rapaz impetrou na Justiça de Sergipe um pedido de medidas de proteção, com base na Lei Maria da Penha. Para tristeza do coitado, o juiz de Direito Luís Lopes Dantas negou a pretensão da vítima, sob o argumento de que a Lei 11.340/2006 destina-se apenas às mulheres e nunca em desfavor delas. Diante disso, só resta a L.S.C, correr às léguas da ex-companheira, principalmente quando ela estiver pra lá de Bagdá. Cruz credo!

 

 

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