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João Alves também aparece na planilha da Lava Jato

João Alves Filho entrou para a Academia em

O ex-prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), é o único político sergipano acusado de ter recebido dinheiro de caixa dois da Norberto Odebrecht. Com a alcunha de “Louro”, o demista sergipano – ele gosta de ser chamado de “Negão” – aparece na planilha entregue ao Ministério Público por Benedicto Junior, que comandou o departamento de operações estruturadas, centro de distribuição de propinas da empreiteira.

De acordo com a planilha do “propinódromo” entregue pelo delator, em 2010, o então candidato a governador João Alves Filho recebeu da construtora R$ 200 mil. A planilha destaca que o político sergipano tem uma “relação antiga com os donos da Odebrecht e o dinheiro pode ter sido usado para pagar dívidas da campanha eleitoral. Naquele ano, Alves Filho foi derrotado na disputa pelo governo de Sergipe pelo petista Marcelo Déda.

Mais dinheiro

João Alves Filho também aparece na já famosa lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Conforme delataram os executivos da Norberto Odebrecht, em 2014, o sergipano teria recebido R$ 600 mil para custear as campanhas da esposa Maria do Carmo Alves (DEM) ao Senado, e do senador Eduardo Amorim (PSDB) ao governo de Sergipe. O delator revelou que, desta vez, a alcunha de Alves Filho era “Branquinho” e que ele havia prometido, em troca do dinheiro de caixa dois, favorecer a empreiteira com obras de saneamento básico em Aracaju, onde era prefeito.

Diante da idade de Maria do Carmo (75 anos), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, devolveu a denúncia contra ela e Eduardo Amorim à Procuradoria-Geral da República. Solicitou que a PGR emita um parecer sobre a extinção ou não da punibilidade dos senadores sergipanos. Ou seja, se não for aberto inquérito para investigar Amorim e Maria do Carmo, não significa que não houve o pedido de dinheiro para os dois, mas apenas que o procedimento jurídico não prosperou por motivos legais.

Na edição deste final de semana, o Jornal da Cidade ressalta que, “até o momento, o ex-prefeito João Alves Filho não deu qualquer satisfação à sociedade sobre a citação do nome dele nas delações da Operação Lava-Jato e, principalmente, não negou que tenha pedido dinheiro para as campanhas da senadora e do senador”. O JC também revela que, em momento algum, Eduardo Amorim “negou que João Alves tenha ido solicitar os recursos à empreiteira. Pelo contrário, ele disse claramente: “Quem pediu ou pegou o que não devia, que pague pelas suas atitudes”.

 Por Adiberto de Souza

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