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Governo investe pesado em abastecimento de água

O sistema de abastecimento de água da Grande Aracaju ganha reforço com investimento de R$ 115 milhões do Governo do Estado. O complexo de obras é composto por construção de adutora ligando a barragem Jaime Umbelino de Souza (do rio Poxim) à estação de tratamento (ETA) do Poxim, localizada próximo ao campus da UFS, em São Cristóvão, edificação de quatro grandes reservatórios de água, que serão interligados por uma série de tubulações montadas através de anéis de reforços, e ainda ligação do sistema do Poxim com o do São Francisco.

Essas intervenções, além de fornecerem maior segurança hídrica na distribuição da água, garantem o abastecimento da Grande Aracaju pelos próximos 30 anos, sem necessidade de investimentos adicionais, beneficiando uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.

A nova adutora que liga a barragem Jaime Umbelino de Souza até a estação de tratamento do Poxim está com mais da metade de suas obras realizadas e recebe investimento de mais de R$ 36 milhões. São cerca de 80 pessoas trabalhando diretamente e a previsão é que esteja pronta no primeiro semestre de 2017.

Sem contaminação

Segundo o diretor presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Carlos Melo, atualmente a água que abastece parte da Grande Aracaju é captada em área próxima ao campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão, e sofre contaminação ao longo do percurso. Ele também explica que, com a nova adutora, a água a ser tratada é mais limpa, pois é proveniente da barragem.

Engenheiro civil da Deso e gerente do contrato da obra da adutora, Aron Setton explica que o investimento proporcionará um controle de vazão de água. Não haverá mais problema com relação à contaminação, pois a água será apanhada já nova e limpa para ser despejada direto no filtro de tratamento. “Praticamente colocaremos cloro e flúor, que toda água tem que ter, e realizaremos a filtração para evitar a passagem de qualquer coisa”, explica.

Segundo Aron, na água que é captada atualmente, a Deso tem que usar sulfato e uma série de produtos para deixá-la limpa. “Além disso, teremos uma vazão controlada, de modo que não vamos mais depender de verão e inverno. Há 10 anos, aquele manancial que fica perto do campus secava, de modo que a água vinha muito “barrenta”, e era preciso tirá-la de outro local. Ou seja, a população só tem a ganhar com todas essas ações”, esclareceu.

Por conta da qualidade da água a ser captada, a ETA do Poxim terá mais capacidade de atuação, de acordo com o diretor presidente da Deso. Outra vantagem do uso da barragem é o barateamento dos custos de tratamento e eficiência de realização de toda intervenção. Para o técnico industrial da Companhia, Gilvanilson Pereira, a estrutura construída é uma das melhores em Sergipe. São 1.125 metros de comprimento da barragem, com espelho de água captado com 35 milhões de m³, ou seja, 35 bilhões de litros. Já a adutora é em aço e tem 14.200m de extensão, 900 mm de diâmetro, e estação elevatória com capacidade de 900 litros por segundo (l/s) de vazão.

População lucra

“A população só tem a lucrar com isso, pois é uma barragem próxima a nossa capital e a água será captada de forma semivirgem. Com relação à estação elevatória, essa tem quatro bombas da melhor qualidade, e uma delas fica de sobreaviso. Com isso, vamos desafogar o rio São Francisco”, pontuou Gilvanilson.

As intervenções do Poxim fazem parte do Programa de Aceleramento do Crescimento do Governo Federal (PAC). O financiamento foi feito em parceria entre Governo do Estado, Deso, Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.

A implantação da adutora corresponde a um investimento total de R$ 36.475.259,15, sendo R$ 21.499.969,59 referentes à sua construção e estação elevatória de água bruta, R$ 13.577.272,48 referentes à aquisição de tubos, conjuntos motobombas, válvulas e conexões, R$ 1.042.517,08 referentes à supervisão e gerenciamento da obra, e R$ 355.500 para compra de áreas.

Até o momento, foram executadas 80% da estrutura de chegada da água, 70% da estação elevatória e 50% da rede de adutora. De acordo com o engenheiro civil da Deso, todo equipamento necessário para a obra já foi adquirido e está em posse da Companhia. “Essas bombas e válvulas são as melhores que existem no mercado. São materiais modernos, todos de última geração”, destacou.

Investimentos

Os investimentos em abastecimento para a Grande Aracaju não ficam apenas na construção da adutora. Para o novo volume de água que vai chegar a ETA do Poxim, foram feitos cinco grandes reservatórios na capital sergipana, que já estão em fase de conclusão, cada um com 10.000 m³. Carlos Melo conta que um deles é no Sobrado, onde está a ETA do São Francisco (também conhecida como João Ednaldo), e há dois no Morro do Avião, situado no complexo do bairro Santa Maria. Para ligá-los, foi construída uma série de tubulações grandes através de anéis de reforços.

Além disso, a partir da estação de tratamento do Poxim, será feita derivação para interligar o sistema com o do São Francisco, atualmente independentes. Com isso, será possível levar água de um até outro. “Vamos fazer derivação em um cano da adutora para colocar água também para ajudar a do São Francisco, caso haja algum problema de desabastecimento, como ocorreu em Pedra Branca. Se isso acontecer de novo, vamos abrir uma válvula no Poxim e a água vai até a estação de chegada”, complementou Aron Setton.

A estação de tratamento São Francisco tem o objetivo de receber e tratar água da adutora do rio São Francisco e distribuir para a Zona Norte da capital e Estação Elevatória 3. Além de aumentar a produção de líquido tratado, a obra diminuirá os desperdícios com o descarte da água na lavagem de filtros e possibilitará a manutenção de um monitoramento mais efetivo dos meios de tratamento através dos sistemas automatizados que serão implantados. O investimento nesta obra é de R$ 18.436.901,80, recursos oriundos do Governo do Estado e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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