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Aracaju é a 12ª cidade mais violenta do mundo

Entre 2020 e 2021 o bairro registrou 153 roubos, 95 furtos e 12 homicídios

Brasil foi o país com o maior número de cidades entre as 50 mais violentas do mundo em 2016, segundo a lista divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal. O país possui 19 municípios no ranking.

“Das 50 cidades da lista, 19 estão no Brasil, oito no México, sete na Venezuela, quatro nos Estados Unidos, quatro na Colômbia, três na África do Sul, duas em Honduras, uma em El Salvador, uma na Guatemala e uma na Jamaica”, afirmou a ONG.

Na décima posição no ranking, Natal é a cidade mais violenta do país, com 69,56 homicídios por 100 mil habitantes. O município é seguido por Belém e Aracaju.

A lista inclui ainda Feira de Santana (15º), Vitória da Conquista (16º), Campos dos Goytacazes (19º), Salvador (20º), Maceió (25º), Recife (28º), João Pessoa (29º), São Luís (33º), Fortaleza (35º), Teresina (38º), Cuiabá (39º), Goiânia (42º), Macapá (45º), Manaus (46º), Vitória (47º) e Curitiba (49º).

Com 130,35 homicídios por 100 mil habitantes, Caracas, na Venezuela, aparece no topo do ranking das mais violentas do mundo, seguida por Acapulco, no México, e San Pedro Sula, em Honduras. Segundo a ONG, a repetição da posição da capital venezuelana por dois anos seguidos confirma a crise criminal no país.

Em relação a 2015, duas cidades brasileiras deixaram o ranking no ano passado: Porto Alegre e Campina Grande.

Segundo a ONG, os níveis de violência na América Latina não são uma surpresa e refletem a impunidade. No Brasil, ela atinge 92% dos homicídios, na Venezuela, El Salvador e em Honduras, chega a 95%.

A lista da ONG é baseada no número de homicídios por 100 mil habitantes e analisa municípios com mais de 300 mil habitantes.

Caracas (Venezuela) – 130,35 homicídios/100 mil habitantes

Acapulco (México) – 113,24

San Pedro Sula (Honduras) – 112,09

Distrito Central (Honduras) – 85,09

Victoria (México) – 84,67

Maturín (Venezuela) – 84,21

San Salvador (El Salvador) – 83,39

Ciudad Guayana (Venezuela) – 82,84

Valencia (Venezuela) – 72,02

Natal (Brasil) – 69,56

Belém (Brasil) – 67,41

Aracaju (Brasil) – 62,76

Veja mais informações em G1

SSP nega índices

Na nota oficial abaixo, a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe nega as informação sobre o elevado índice de violência em Aracaju divulgada pela ONG mexicana.

A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe vem, por meio desta nota, esclarecer sobre a pesquisa desenvolvida pelo Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública Y Justicia Penal A.C., organização não governamental mexicana, que divulgou na última quarta-feira, 05, uma série de equívocos constantes no material denominado “As 50 cidades mais violentas do mundo”. O “estudo” indica Aracaju como a 12ª cidade mais violenta do mundo.

Apesar do reconhecido trabalho social desenvolvido pela instituição no México, nota-se que em relação a essa publicação houve falhas graves no tocante aos números apresentados:

1 – Os registros apontados na frágil pesquisa como sendo de Aracaju, na realidade somam números de homicídios registrados em mais três municípios: Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Isso demonstra que a ONG sequer compreende a diferença entre a capital sergipana e a região metropolitana de Aracaju;

2 – Os dados, segundo a instituição, têm como espaço temporal de pesquisa o ano de 2016, porém todos os números ocorridos por morte violenta trazidos à luz da pesquisa correspondem aos anos de 2015 e até o de 2014. Ou seja, a ONG sequer conseguiu delimitar metodologicamente o período da pesquisa apresentada;

3 – Os números de homicídios não possuem origem comum, tendo como fonte de pesquisa portais de notícias aleatórios, oscilando entre fontes oficiais nacionais e sites de notícias local. Entretanto, a ONG não entrou em contato com a principal fonte dos dados apresentados, que seria a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe;

4 – A ONG aponta equivocadamente que o site da SSP/SE está constantemente fora do ar, demonstrando a tentativa de desqualificar o trabalho da instituição. Nota-se que “os pesquisadores” sequer buscaram outras ferramentas de comunicação para entrar em contato com a SSP/SE.

A SSP/SE não utiliza a prerrogativa de buscar subterfúgios para maquiar dados sobre os crimes que ocorrem no estado. Ao contrário, os gestores analisam os dados em encontros semanais que cruzam as informações disponibilizadas pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), delegacias e Instituto Médico Legal para que, por meio da análise das manchas criminais, seja possível elaborar estratégias de segurança pública para Sergipe.

Como resultado do trabalho incessante produzido por todos que fazem a segurança pública, no primeiro trimestre de 2017 já houve uma redução em torno de 19,8% sobre os homicídios ocorridos em Sergipe. Comparando-se os 275 homicídios deste ano, com as 343 mortes violentas em 2016, número ainda mais abaixo dos 329 em 2015. Ou seja, o trabalho vem sendo feito de forma gradual, porque é pautado no compromisso com a população sergipana.

Foram investidos nos últimos dois anos mais de R$24 milhões na radiocomunicação digital, que possibilita uma maior segurança na troca de informação entre as instituições, com maior qualidade e rapidez no atendimento à população, em resposta imediata às ocorrências. Além disso, foram convocados mais de 1.300 policiais militares, que já atuam diretamente no policiamento ostensivo/repressivo, após concurso realizado no ano de 2014.

No tocante à Polícia Judiciária, que tem como atribuição atuar nas investigações policiais, o efetivo também foi ampliado em um concurso que já convocou todos os 53 escrivães aprovados e continua a convocar os agentes. No total, até a presente data, 221 policiais civis já foram convocados para somar esforços no combate à criminalidade.

A Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) tem sido estruturada e foi realizado o primeiro concurso da história do estado de Sergipe para a composição do quadro. Os institutos que formam a Cogerp – Identificação, Médico Legal, Criminalística e Análise Criminal e Pesquisa Forense – , tem se somado aos trabalhos da Polícia Civil para identificação de criminosos e elaboração de provas periciais consistentes para os devidos encaminhamentos ao Judiciário sergipano.

Por fim, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe está à disposição da Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública Y Justicia Penal A.C. e de qualquer outra entidade do Terceiro Setor nacional ou internacional no sentido de divulgar dados reais que demonstrem as ações desenvolvidas diariamente na busca pela redução dos índices de criminalidade no estado.

SSP Sergipe

 

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